Ventos da mudança

As coisas quando precisam acontecer, acontecem. Acredito que tudo na vida possui um significado e ocorre para dar sentido à nossa caminhada.

Às vezes chegamos a um ponto onde tudo parece estar parado. É como se a vida estivesse congelada. Nada mais nos advém, nenhuma novidade. Quando a rotina começa a tomar conta de nossos dias, isso acaba por nos deixar tristes, desanimados.

No entanto, a mesma situação que nos angustia também é a que nos acomoda, nela nos fazendo sentir seguros. Passamos a considerar duas faces da mesma moeda: Se por um lado não enxergamos melhorias, por outro, nos contentamos com o fato das coisas não estarem piores.

Quando assim raciocinamos, somos induzidos inadvertidamente a aguardar mudanças que não se concretizam. Essa postura não somente nos torna infelizes, como nos faz temer as transformações. Paralisamos ao sermos confrontados com o risco.

Nos intimidamos diante da possibilidade de perder o que já conquistamos, ou de não conseguirmos atingir novas metas. Evitando, assim, mergulhar o ego na frustração de nos sentirmos fracassados.

Maior decepção não há, porém, quando nos damos conta que estamos trabalhando para construir os sonhos dos outros às custas de nossas aspirações. As quais vão, indefinidamente, sendo preteridas.

Mas será que realmente sabemos identificar os nossos sonhos? Ou preferimos permanecer plácida e convenientemente desejando o sonho de terceiros - ora admirando, ora invejando?

Já é complicado o suficiente basearmos nossa felicidade apenas em bens de consumo ou em projetos. Imagine então se não fizermos um movimento sequer para realizar tais objetivos? Redundante dizer que isso nos tornará torturantemente deprimidos.

Para não cairmos nessa armadilha, basta nos conscientizamos que a felicidade em potencial abriga-se em nós mesmos. Através dos sentimentos, amigos, familiares, ou no “bom dia” acompanhado de um sorriso, sempre há um jeito de fazê-la emergir das coisas que constroem nosso cotidiano.

Todavia, devemos levar em consideração que há tempo e hora para tudo. Mas também podemos criá-los por conta própria. Se não der certo, não precisamos nos sentir derrotados, pois autocomiseração não vai ajudar em nada.

Devemos, ao contrário, nos sentirmos felizes por tentar, e dizer a nós mesmos: “Se não era para ser, vou planejar minha vida, repensar o futuro, mas não deixarei de viver o presente, esse maravilhoso dia chamado hoje. Rotina que começou a ser boa somente pelo fato de ter parado para pensar em dar início à materialização dos meus sonhos e projetos”.

Resolvi escrever essa mensagem porque hoje tomei uma decisão: Vou aplicar mudanças em minha vida, pois venho almejando agarrar algumas vitórias que insistem escapar das minhas mãos.

Acabei de conquistar isso agora, pois estou há muito tempo sem escrever, e ao fazê-lo, posso compartilhar meus anseios com o mundo. Por isso estou me sentindo livre, importante, e muito mais feliz.

Quer mudanças? Então mova-se!

* Polly Eringe